Não passei na OAB, e agora? Dicas Práticas, Repescagem e Como Virar o Jogo

Reprovar na OAB não é o fim! Descubra como lidar com a frustração, aproveitar a repescagem e se preparar para dar a volta por cima na próxima tentativa.

Sabe aquele peso no peito quando você abre o resultado da prova da OAB e percebe que o seu nome não está lá? Parece que o mundo desaba, né? Primeiro, respira. Tá tudo bem. Você não é a única pessoa que já passou por isso, e – vou te contar um segredo – tem muita gente que hoje é advogada de sucesso e que, um dia, também não viu o nome na lista de aprovados.

É normal ficar frustrado, se sentir meio perdido, mas olha só: isso não define quem você é, nem onde você vai chegar. O exame da OAB é desafiador pra caramba, e reprovar pode acontecer com qualquer um. A diferença está no que você faz depois disso.

Neste texto, quero te ajudar a entender as opções que você tem agora – como a repescagem e o recurso – e também te dar algumas dicas pra se organizar e voltar com força total, caso precise encarar a prova novamente. Vamos nessa? 🙂

Guia do Conteúdo

Por que a Prova da OAB é tão difícil?

Agora que você já deu aquele primeiro respiro e sabe que não está sozinho nessa jornada, vamos entender o que torna a prova da OAB tão desafiadora. Não é só impressão sua, viu? Essa prova tem fama de ser uma das mais difíceis do país, e tem bons motivos pra isso.

Primeiro, pensa no tanto de conteúdo que você viu durante os cinco anos da faculdade. Agora junta tudo isso em uma prova só. É exatamente isso que acontece no exame. São 17 disciplinas que aparecem de forma misturada, cobrando desde detalhes teóricos até a aplicação prática, como se você estivesse advogando de verdade.

Além disso, cada fase do exame tem uma pegada diferente:

  • Na primeira fase, são 80 questões objetivas. Você precisa acertar pelo menos 50% pra avançar. Parece simples, mas não é, porque as questões cobram detalhes que às vezes passam despercebidos nos estudos.

E quando falamos que a Prova da OAB é difícil, é porque realmente é! Pra você ter uma ideia, nos últimos anos, a média de aprovação ficou em 23% aproximadamente. Ou seja, a cada 4 pessoas, apenas 1 é aprovada.

  • Na segunda fase, a história muda. Aqui, você tem que mostrar que sabe como construir uma peça processual e resolver questões discursivas, tudo dentro da área do Direito que escolheu. Ou seja, é hora de aplicar o conhecimento, na prática, como um advogado faria.

Na segunda fase, o índice de aprovação é bem maior, com a média de 70% dos candidatos. Portanto, o grande desafio, está em conseguir ser aprovado na primeira fase.

Outro ponto que pega muita gente é o tempo. Você tem poucas horas pra resolver a prova toda, o que significa que precisa saber gerenciar bem o relógio. Não dá pra travar em uma questão ou demorar demais na peça – se não, você corre o risco de não terminar.

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E, claro, tem a questão emocional. O peso da expectativa, a cobrança interna e externa, e o medo de falhar podem acabar atrapalhando, mesmo quem estudou bastante. O nervosismo na hora da prova faz parte do pacote, mas aprender a lidar com ele pode ser o que separa uma boa tentativa de uma aprovação.

Como funciona a repescagem da OAB?

Lembra que falamos sobre o quanto a prova da OAB é desafiadora, especialmente por causa do volume de conteúdo e da pressão emocional? Pois bem, se você conseguiu passar pela primeira fase, já venceu a parte mais difícil.

Agora, se o problema foi na segunda fase, calma – você ainda tem uma carta na manga: a repescagem. Esse é um recurso super valioso, pensado exatamente pra quem conseguiu avançar na primeira fase, mas acabou não alcançando a pontuação necessária na segunda.

O que é a repescagem da OAB?

De maneira simples, a repescagem permite que você refaça apenas a segunda fase na próxima edição do exame, sem precisar passar novamente pela primeira. Isso é um baita alívio, porque significa que todo o esforço que você teve pra acertar aquelas 40 questões na primeira fase não será perdido.

Pensa comigo: na repescagem, você pode focar exclusivamente no conteúdo da área que escolheu pra segunda fase. Sem ter que revisar tudo de novo, sem aquela pressão de encarar 80 questões objetivas mais uma vez.

Quem pode participar da repescagem?

A repescagem não é pra todo mundo. Você precisa atender a alguns requisitos:

  1. Ter sido aprovado na primeira fase da última edição do exame.
  2. Não ter alcançado a pontuação mínima na segunda fase (6 pontos)
  3. Se inscrever dentro do prazo estipulado no edital suplementar (atenção a essa parte, porque o prazo é curto!).

Ah, e tem uma taxa de inscrição, mas ela costuma ser mais acessível do que a taxa do exame completo.

Como se inscrever na repescagem?

A inscrição pra repescagem é feita no mesmo site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que organiza o exame. Assim que o edital suplementar for publicado, você deve:

  1. Conferir se seu nome está na lista de aprovados para a repescagem.
  2. Pagar a taxa de inscrição.
  3. Acompanhar as informações sobre data, local e regras da prova.

O que fazer se eu não fui aprovado na Primeira Fase da OAB?

Como falamos antes, a primeira fase da OAB é, pra muitos, o maior desafio do exame. É uma prova ampla, cheia de detalhes e com um tempo super apertado pra responder 80 questões. Se você não conseguiu passar dessa etapa, sei que pode ser desanimador. Mas olha só: isso não significa que você não tem capacidade ou que o sonho da advocacia está fora do seu alcance.

Agora, o importante é dar um passo pra trás, avaliar o que deu errado e montar uma estratégia pra voltar ainda mais forte na próxima tentativa. Vamos ver como você pode fazer isso de maneira prática e eficiente.

Analise o que aconteceu de errado

Primeiro, é importante entender onde estavam os pontos de dificuldade. Pergunte-se:

  • Quais disciplinas eu tive mais dificuldade? Ética? Direito Constitucional? Ou foram questões mais interpretativas?
  • Eu consegui administrar bem o tempo ou fiquei correndo contra o relógio no final?
  • Meu método de estudo foi adequado? Estudei o suficiente e de forma direcionada?

Se você não tem certeza de onde errou, dê uma olhada no espelho de desempenho disponível no site da FGV. Ele mostra como foi seu rendimento em cada disciplina, ajudando você a identificar onde precisa melhorar.

Reestruture seu plano de estudos

Agora é hora de reorganizar. Sem um bom plano, é fácil cair na armadilha de estudar demais o que você já sabe ou perder tempo com materiais desatualizados. Aqui vai uma sugestão prática:

  1. Dê Prioridade às Disciplinas Mais Pesadas: Ética Profissional, por exemplo, costuma ter muitas questões (e acertar a maioria delas já é meio caminho andado).
  2. Monte um Cronograma: Defina horários fixos pra estudar e metas realistas, como revisar duas disciplinas por semana ou resolver 50 questões por dia.
  3. Treine com Questões Anteriores: Resolver provas antigas é uma das melhores formas de se preparar, porque te ajuda a entender o estilo da banca e a melhorar sua interpretação.

Não subestime os simulados

Simulados são fundamentais pra ajustar seu ritmo e identificar problemas antes da prova real. Simule o exame como se fosse pra valer:

  • Reserve um dia pra resolver 80 questões de uma vez, no mesmo tempo que terá no dia da prova.
  • Use simulados pra treinar não só o conteúdo, mas também o controle emocional e a gestão do tempo.

Pratique com os nossos simulados e às provas dos anos anteriores.Temos mais de 6.000 questões feitas por examinadores da banca para você praticar a qualquer momento, inclusive pelo celular.

Dica: Revisar os erros é tão importante quanto fazer o simulado. Entenda por que errou e ajuste o que for necessário nos seus estudos.

Cuide de você

Por fim, lembre-se de que a sua saúde mental e física são tão importantes quanto o estudo. Passar na OAB é um processo, e você precisa estar bem pra enfrentar esse desafio. Então:

  • Faça pausas regulares nos estudos.
  • Durma bem e mantenha uma alimentação equilibrada.
  • Encontre formas de aliviar o estresse, como exercícios físicos ou momentos de lazer.

Perguntas Frequentes

O que acontece se eu não passar na OAB?

Se você não passar na OAB, não poderá exercer a advocacia como advogado(a) inscrito(a) na Ordem. Isso significa que você não pode atuar em processos judiciais, assinar peças ou representar clientes em tribunais. No entanto, você ainda pode trabalhar em outras áreas jurídicas, como consultoria, cargos públicos ou áreas administrativas.

Além disso, você pode se inscrever novamente para a próxima edição do exame. A reprovação não é o fim da sua carreira, apenas mais uma etapa que pode ser superada com preparo e dedicação.

Quem não passa na OAB faz o quê?

Quem não passa na OAB tem diversas opções para seguir em frente:

  1. Reorganizar os estudos e se preparar para a próxima tentativa.
  2. Aproveitar a repescagem, caso tenha sido aprovado(a) na primeira fase, para refazer apenas a segunda.
  3. Trabalhar em áreas jurídicas que não exigem inscrição na OAB, como concursos públicos para bacharéis em Direito, assessoria jurídica ou empresas privadas.

O importante é usar o tempo entre as provas de forma estratégica, revisando os pontos fracos e se fortalecendo para o próximo desafio.

É normal reprovar na OAB?

Sim, é absolutamente normal. A taxa de aprovação no exame da OAB gira em torno de 20% a 30% por edição, ou seja, a maioria dos candidatos não passa de primeira. A prova é exigente e avalia não apenas o conhecimento técnico, mas também a capacidade de aplicar a lei na prática.

Reprovar não significa que você não é capaz – muitas vezes, é só questão de ajuste na preparação, adaptação ao formato da prova e gerenciamento do nervosismo.

Quanto custa para refazer a prova da OAB?

O custo para refazer a prova da OAB depende do tipo de inscrição:

  • Exame completo: se você precisa fazer novamente a primeira e a segunda fases, a taxa costuma ser em torno de R$ 260,00.
  • Repescagem: caso você tenha sido aprovado(a) na primeira fase e vá refazer apenas a segunda, o valor é geralmente reduzido, ficando em torno de R$ 130,00.

Os valores podem variar de acordo com o edital, então fique atento às informações divulgadas pela FGV.

Escrito por

Yasmin Silva
Head Jurídica em altoQI

Advogada especialista em contratos comerciais, tecnologia e governança corporativa. Foi sócia de um grande escritório consultivo para startups e, desde 2023, é Head Jurídica na altoQI, líder nacional de tecnologia para a construção civil.

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